Era uma vez uma florzinha.
Que começou a criar algumas raízes num pedaço de terra.
Era um pedaço de terra simples. E às vezes um pouco estranho.
Mas tinha coisas maravilhosas.
Era feliz.
Um dia chegam uns pequenos insectos voadores que agarraram nela.
Arrancaram as suas pequenas raízes e plantaram-na noutro lugar.
Esse lugar era cinzento e triste.
Quase não havia sol.
E a pequena flor começou a murchar.
Mas um dia levantou-se e disse: "Hoje estou num lugar triste, mas quem sabe amanhã possa arranjar um lugar melhor e ser feliz?"
E foi assim que a pequena flor voltou a desabrochar na esperança de viver dias felizes no futuro.
Algo lhe dizia que esse futuro estava para chegar.
Gostaram?
Pois é, foi assim que me senti quando os meus pais voltaram a "desenraizar-me".
Em Novembro de 1998, fomos morar para uma aldeia perto da cidade de Torres Novas.
E eu mudei de escola.
Já estava no quarto ano. E já ia a meio do primeiro período.
Sabem o que é chegar a uma escola completamente nova e completamente horrível?
Foi o que aconteceu.
E como começaram a trabalhar em Abrantes ( a cerca de 30 km de Torres Novas) eu tive de ficar num colégio privado na cidade para ter horários mais alargados.
Engraçado porque o problema nunca foram os professores ou os colegas (bom, alguns eram um problema mas ultrapassei isso).
Mas havia alguma coisa que, simplesmente, não me "colava" àquele colégio.
Claro que houveram momentos divertidos. Eu sempre fui muito adaptável ao meio. E como poderia não ser na minha situação de nómada escolar?
A cantina podia ser um bom motivo para odiar aquela escola porque odiava a comida de lá. Na altura a comida era muito pesada.
E também odiava a hora dos trabalhos de casa depois das aulas.
Até há pouco tempo era eu que controlava tudo e fazia os meus próprios horários de trabalho e estudo e de repente fui obrigada a frequentar aulas extra para fazer os trabalhos de casa.
Ainda por cima os meus pais não percebiam o que estavam a fazer, e o quanto era difícil para mim adaptar-me a tal situação e obrigavam-me a fazer tudo naquela hora.
Quando chegasse a casa já não podia fazer o resto se não tivesse feito na tal aula extra.
Quer dizer, é claro que, de vez em quando, quando eu não acabava os TPC na tal aula extra, eu fazia o resto às escondidas em casa. Mas nem sempre isso era possível.
Mas o meu maior medo era outro. O Colégio também tinha a opção de internato. E eu pedia aos meus pais quase todos os dias para nunca me deixarem lá durante a noite.
Os meus pais respondiam sempre: "Claro que não, filha".
Mas vá se lá saber. Podia haver sempre uma tentação de me deixar lá por causa dos horários deles. E eles não tinham lá mais ninguém para cuidar de mim depois do horário da escola.
Enfim, não foram os melhores momentos da minha vida, mas passou.
Nem sabem o quanto feliz fiquei ao saber que ia sair daquela escola no ano a seguir...
Uff
E como começaram a trabalhar em Abrantes ( a cerca de 30 km de Torres Novas) eu tive de ficar num colégio privado na cidade para ter horários mais alargados.
Engraçado porque o problema nunca foram os professores ou os colegas (bom, alguns eram um problema mas ultrapassei isso).
Mas havia alguma coisa que, simplesmente, não me "colava" àquele colégio.
Claro que houveram momentos divertidos. Eu sempre fui muito adaptável ao meio. E como poderia não ser na minha situação de nómada escolar?
A cantina podia ser um bom motivo para odiar aquela escola porque odiava a comida de lá. Na altura a comida era muito pesada.
E também odiava a hora dos trabalhos de casa depois das aulas.
Até há pouco tempo era eu que controlava tudo e fazia os meus próprios horários de trabalho e estudo e de repente fui obrigada a frequentar aulas extra para fazer os trabalhos de casa.
Ainda por cima os meus pais não percebiam o que estavam a fazer, e o quanto era difícil para mim adaptar-me a tal situação e obrigavam-me a fazer tudo naquela hora.
Quando chegasse a casa já não podia fazer o resto se não tivesse feito na tal aula extra.
Quer dizer, é claro que, de vez em quando, quando eu não acabava os TPC na tal aula extra, eu fazia o resto às escondidas em casa. Mas nem sempre isso era possível.
Mas o meu maior medo era outro. O Colégio também tinha a opção de internato. E eu pedia aos meus pais quase todos os dias para nunca me deixarem lá durante a noite.
Os meus pais respondiam sempre: "Claro que não, filha".
Mas vá se lá saber. Podia haver sempre uma tentação de me deixar lá por causa dos horários deles. E eles não tinham lá mais ninguém para cuidar de mim depois do horário da escola.
Enfim, não foram os melhores momentos da minha vida, mas passou.
Nem sabem o quanto feliz fiquei ao saber que ia sair daquela escola no ano a seguir...
Uff
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