Nestes últimos dias relembrei os famosos filmes da minha geração do American Pie.
Quando o primeiro filme, "American Pie - A Primeira Vez" (titulo original: "American Pie"), surgiu, eu tinha apenas 10 anos e ia para o quinto ano.
A primeira vez que ouvi falar no filme já tinha cerca de 11 ou 12 anos e era um filme que aparecia na TV com a famosa "bolinha vermelha", classificado para maiores de 16 ou 18 anos. E claro que dava durante as horas de sono da minha geração.
Apenas vi o filme já com 13 anos com um grupo de amigos da escola.
E vimos também o recém lançado da época "American Pie 2 - O Ano Seguinte" (título original: "American Pie 2").
Um ano mais tarde, em 2003, já o American Pie dava nas tardes de cinema dos canais da televisão pública, quando então surgiu o "American Pie - O Casamento" (título original: "American Wedding").
Depois de uma série de spin-offs desta série, surgiu, em 2012, o último filme "American Pie - O Reencontro" (título original: "American Reunion").
Há muito tempo que não via a série.
Nem sequer fui ver "O Reencontro" ao cinema. Por falta de oportunidade, claro.
Para poder ver o último, decidi ver os anteriores.
Não foi bem uma maratona porque se estendeu por uma semana.
Quatro filmes, sete dias.
Mas confesso que ver tudo em pouco tempo e chegar ao fim, deu-me uma sensação de nostalgia incrível.
Não só pelos filmes terem acompanhado a pré-adolescência e adolescência da minha geração, mas porque me fez pensar.
No final do último filme sente-se muito aquele clima de nostalgia e como é difícil "crescer" e aceitarmos o facto de já não sermos adolescentes e daí não podermos fazer tudo como "dantes" e por a nossa "juventude" estar a passar e termos de aceitar que temos responsabilidades e a diversão maior acabou.
Será mesmo assim? Ou será imposto pela sociedade que assim seja?
Normalmente, as pessoas têm este tipo de pensamentos por volta dos 50, 60, 70 anos.
E daí surge o medo do fim, que está cada vez mais próximo.
E faz parte da vida do ser humano passar por várias fases do género do "A vida passa tão depressa" e "Devia ter aproveitado mais aquela fase da minha vida".
Quando chegamos aos 25 pensamos na adolescência e na entrada da fase adulta.
Aos 30 pensamos nos 20.
Aos 40 pensamos nos 30.
Aos 50, e nos anos seguintes, pensamos em tudo o que ficou para trás.
E depois existem as várias teorias sobre o "Depois do Fim".
Há quem defenda que depois da morte não há nada. O fim é ali e pronto. Tudo acabou, viramos pó.
Há teorias mais religiosas sobre encontrar o céu e paraíso ou sobre a ressurreição.
E ainda, as teorias espirituais mais inclinadas para a reencarnação.
Não sei qual delas será a verdadeira.
Mas gosto de me inclinar para a última.
Porque a última é a única que no meu modo pensar faz sentido.
Se existiu uma evolução, e ainda existe, não podem haver cortes tão definitivos como "virar pó", ou pode?
E será esse tal lugar chamado de "Paraíso" melhor do que viver no Planeta Terra cheio de maravilhas?
Quanto à ressurreição. Já viram o que seria do Planeta Terra na ressurreição?
Seria bem pior do que apanhar o metro no Japão ou no Brasil à hora de ponta.
E para continuar a partir daí?
Nem a China se safava com a política do filho único.
A Terra ficava, obviamente, lotada.
Principalmente se fosse mesmo acontecer tudo segundo algumas teorias da "vida eterna".
Sim, tudo isto surgiu com o American Pie.
Quem diria que um filme sobre a vida sexual dos adolescentes americanos poderia dar asas a um discurso como este?
Mas tudo isto para dizer aos mais velhos e aos mais novos que estão a passar por fases difíceis: nada é para sempre. E esse "nada" poderá, quem sabe, incluir a própria morte.
Pensem nisso e vivam o presente da melhor forma.
Porque mesmo reencarnando nada será igual.
Mesmo nas piores fases, nada está perdido.
E passando a melhor fase da nossa vida, não impede que surja outra.
Abraços =)
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