Eu raramente era convidada para festas de aniversário.
Não era uma miúda muito popular por isso era uma situação normal para mim.
Mas as festas mais fixes a que eu fui nessa época eram as de uma colega minha (não vou nomear nomes) mas ela fazia festas na garagem que pareciam discotecas. Os adultos ficavam na sala no andar de cima por isso ainda era melhor.
E ela convidava o pessoal mais popular dos nossos anos e da turma.
Na altura as músicas que ouvíamos eram: Madonna; Britney Spears; Christina Aguilera; Shakira... Enfim Pop dos Anos 90/2000. Mas claro que os gostos variavam.
Devo confessar que sentia uma profunda admiração por estas miúdas que conseguiam ter festas e fazer com que todos fossem. As festas eram sempre um sucesso.
Claro que com o tempo percebi que essas não são as coisas mais importantes na vida.
Mas vá lá, quem é que na pré-adolescência não gostaria de ser popular e ter um monte de amigos? Ir para todo lado, ser seguida e admirada, tudo o que vestimos é uma tendência.
Queria ser como elas. Mas era algo que não conseguia fazer porque aquilo de que eu gostava era demasiado diferente e estava demasiado enraizado. Devia ser uma espécie de crise de identidade que, felizmente, com o passar do tempo acabou por desaparecer.
Vocês devem de estar a pensar: Mas se ela não era muito popular como conseguia ir a essas festas?
Só haviam cerca de três raparigas que me convidavam para festas e que eram as mais fixes.
Duas delas eram filhas de colegas de trabalho da minha mãe e a outra era uma querida e eu acredito que gostava de mim, tal como eu era.
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