segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cães e Cadelas da Minha Vida




Dick

O Dick foi o meu primeiro cão. Porque lhe deram este nome? 

Foi o meu pai. Ele havia tido um outro cão da mesma raça e com o mesmo nome.

Por isso tenham respeito e não pensem em inglês. (Oh está bem, riam-se um bocado, mas não abusem pff)

Já agora, era um pastor alemão.

O Dick foi abatido depois de uma depressão que o fez atacar-me quando eu tinha 14 anos.

Acho que foi das piores coisas que o meu pai fez.

Simplesmente não foi justo.

Ele só atacou a minha mão. E é certo que tenho alguma cicatrizes até hoje e não sei quê, mas sinceramente, é mesmo esta mensagem que queremos passar às gerações futuras? Que um animal estar doente psicologicamente é motivo para abate?

Tenho saudades tuas, Dick. E ainda hoje está uma foto tua no meu quarto na casa dos meus pais.


Star

Como sabem, a Star já faleceu.

A Star era de Raça Lobeira. Era de uma espécie de mistura entre Pastor Alemão e Rafeiro. O seu pêlo era, na sua maioria, cor de mel. Muito linda, devo acrescentar.

Tinha uma personalidade forte e era muito transparente com os seus sentimentos.

Tinha uma profunda admiração por cada um de nós. E sempre que nos via ir em direito a ela atirava-se para o chão de patas para o ar porque queria festas na barriga.

A situação dela foi bastante diferente da do Dick, mas também foi cedo demais.

Não sabemos bem o que aconteceu. Ela começou a ter alguns ataques esquisitos ao fim de umas semanas de ser operada a um tumor mamário.

Uma reacção tardia à anestesia? Talvez.

A verdade é que isto de operar os animais tem muito que se lhe diga.

Por favor, tratem os vossos animais da melhor maneira possível.

Para mim, eles são como membros da família e vê-los partir é dos piores sentimentos que existem.

Se quiserem podem ver ou rever o artigo: http://bigcrazyhappylife.blogspot.pt/2013/09/homenagem-star.html


Luna

A Luna ainda é viva e tem 9 anos.

Ela é uma Pastora Belga de cor preta.

A Luna é uma cadela mais reservada. Gosta de guardar os sentimentos mais para ela.

Mas é muito pura de coração. Não é ciumenta e contenta-se com o que tem.

Depois da morte da Star, a Luna mudou um pouco. Acho que ainda ficou mais introvertida. E até aquilo que ela mais gostava de fazer, comer, perdeu intensidade.

Mas penso que será a maneira dela de fazer o luto.

Apenas desejo que a cadela ultrapasse da melhor forma esta perda e faça o luto para aproveitar o resto da sua vida.

Adoro-te muito Lulu!


Cacau

O Cacau também já não está entre nós.
Teve uma vida muito curta devido a uma doença genética.

Nunca soube ao certo a sua raça, mas penso que era um Cocker Spaniel Inglês.

E era, imaginem só, cor de cacau.

Tentámos ao máximo que a sua curta vida fosse o mais feliz possível. E acho que conseguimos. Aquela criatura passava o dia a abanar o rabo e a tentar lamber-nos.

Era um amor!

Infelizmente passei pouco tempo com ele porque o cão foi dado à minha mãe e eu passava a semana na Covilhã e nessa altura fui durante 5 meses para o Brasil.

O Cacau durou apenas cerca de 1 ano.


Mas foi um ano com muito amor. Dos dois lados.

E por isso também ficaste no meu coração, marcado para sempre.






Como já devem ter percebido os meus animais são das coisas mais importantes que tenho na vida.

São como membros da família.

E apenas quero dar-lhes uma vida confortável, saudável, feliz e cheia de amor.


Adoro-vos a todos do fundo do coração e obrigada por todos os momentos que me deram! <3











domingo, 15 de setembro de 2013

O Acampamento no Jardim



Era Verão. 

As noites eram agradáveis.

Então o que poderia ser melhor do que fazer campismo ao luar ou uma festa do pijama e do terror?

À partida parece uma ideia fantástica. 

Mas quando esta envolve 3 miúdas de 12 anos e uma mini tenda no quintal da minha casa, a coisa pode não correr muito bem.

E houveram três coisas muito horríveis naquela noite:

1 - O meu pai decidiu meter medo às minhas amigas contando-lhes que existiam noites em que aparecia por aquelas bandas um famoso gato sem cabeça. 

2 - Havia aquele jogo horrível em que se dava três voltas em frente a um espelho com as luzes apagadas e se viam coisas estranhas e nós decidimos fazê-lo à noite, na casa de banho do quintal ao pé da piscina.

3 - Apesar de não ter medo de praticamente nada e adorar filmes de terror, uma delas reparou que era noite de lua cheia e que tinha algumas nuvens a atravessá-la como nos filmes de lobisomens e por isso desatou a gritar.

No início até fizemos um sorteio para saber qual de nós ficaria no meio, visto que ninguém queria ficar.

Claro que me calhou o meio a mim. 

Mas o mais engraçado é que depois de estarmos cheias de medo dentro da tenda, o meio acabou por ser o lugar disputado. 


Não abdiquei dele por nada.


Mas acabou por ser uma experiência que nunca mais iremos esquecer.


Acho eu...




domingo, 8 de setembro de 2013

Homenagem à Star




Mais do que uma amiga.

Pura. 
Alegre.
Meiga.
Simples.

A Star era uma cadela muito carinhosa. 
Adorava dar e receber amor.

Era especial e cheia de vida.

Moraste na nossa casa durante 10 anos.
Agora tens uma nova morada.
Mas sempre viveste e viverás no meu coração.

Obrigada Star




14 de Abril de 2003 

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 8 de Setembro de 2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Festas de Aniversário




Eu raramente era convidada para festas de aniversário.

Não era uma miúda muito popular por isso era uma situação normal para mim.

Mas as festas mais fixes a que eu fui nessa época eram as de uma colega minha (não vou nomear nomes) mas ela fazia festas na garagem que pareciam discotecas. Os adultos ficavam na sala no andar de cima por isso ainda era melhor.


E ela convidava o pessoal mais popular dos nossos anos e da turma.



Na altura as músicas que ouvíamos eram: Madonna; Britney Spears; Christina Aguilera; Shakira... Enfim Pop dos Anos 90/2000. Mas claro que os gostos variavam.

Devo confessar que sentia uma profunda admiração por estas miúdas que conseguiam ter festas e fazer com que todos fossem. As festas eram sempre um sucesso.


Claro que com o tempo percebi que essas não são as coisas mais importantes na vida.

Mas vá lá, quem é que na pré-adolescência não gostaria de ser popular e ter um monte de amigos? Ir para todo lado, ser seguida e admirada, tudo o que vestimos é uma tendência.

Queria ser como elas. Mas era algo que não conseguia fazer porque aquilo de que eu gostava era demasiado diferente e estava demasiado enraizado. Devia ser uma espécie de crise de identidade que, felizmente, com o passar do tempo acabou por desaparecer.

Vocês devem de estar a pensar: Mas se ela não era muito popular como conseguia ir a essas festas?

Só haviam cerca de três raparigas que me convidavam para festas e que eram as mais fixes.

Duas delas eram filhas de colegas de trabalho da minha mãe e a outra era uma querida e eu acredito que gostava de mim, tal como eu era.










quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tardes no Apartamento de Abrantes, no Instituto de Reinserção Social e na Biblioteca Antonio Botto



Quando estive na escola de Abrantes as tardes livres eram um problema.

Como era longe de casa não havia forma de eu poder estar confortável num sítio meu.

Por isso as minhas tardes eram partilhadas entre o trabalho da minha mãe, no Instituto de Reinserção Social e a Biblioteca Municipal de Abrantes.

Mais tarde, o meu pai decidiu investir num apartamento na Encosta da Barata, em Abrantes, para alugar e ganhar algum dinheiro.

Enquanto ainda não havia ninguém, esse passou a ser um dos sítios para onde eu ia passar algumas tardes. Os meus pais colocaram lá um video e eu ia ao clube video que havia ali perto alugar cassetes de VHS.

Houve até um episódio bastante engraçado que aconteceu quando eu decidi levar para lá duas amigas.

Nós fomos ao clube video e queríamos alugar um filme de terror.
Nós só tínhamos 10 anos e julgávamos "o livro pela capa" se é que me entendem. Vimos uma cassete com uma capa assustadora e decidimos que era aquele.

De nós três só uma é que adorava mesmo filmes de terror e acaba sempre por nos convencer a vê-los. O que era mesmo assustador.

Levámos a cassete e quando chegámos a casa sentámo-nos no sofá a vê-lo.

Vocês não imaginam qual era o filme que afinal estávamos a ver pois não?

THE NIGHTMARE BEFORE CHRISTMAS DO TIM BURTON!!!



Hoje em dia este filme é um clássico, mas naquela altura nem por isso.

No princípio ficámos desapontadas. Com certeza tinha havido uma troca de cassetes ou então a capa na altura era realmente assustadora. Mas claro que acabei por me sentir aliviada por não ter de ver um filme de terror e não dormir nessa noite.

As tardes na Biblioteca eram mais calmas. Eu levava para lá os trabalhos de casa e os livros da escola e passava metade do tempo a estudar. Na outra metade do tempo lia livros. Um que eu adorava mesmo muito era o Dicionário do Pai Natal. Tinha umas ilustrações fantásticas e dava para rir.





No trabalho da minha mãe eu divertia-me a fingir que trabalhava ali. Pedi à minha mãe uma gaveta só para mim e material com os símbolos da Reinserção Social. Fingia que fazia relatórios, ofícios, processos, telefonemas, enfim... Era super engraçado! E eu adorava lá estar. E gostava muito dos colegas das minha mãe. Eram super simpáticos e amorosos comigo. Um sincero obrigada a todos.




Nalgumas ocasiões, mais raras, eu ia para casa de outros. E acho que essas eram as minhas tardes favoritas =)








domingo, 1 de setembro de 2013

Menina do Mar e Ulisses



Ler foi o meu refúgio.

E como já referi anteriormente eu li muitos tipos de livros.

Mas os meus tipos de livros preferidos são do fantástico.

E o que eu comecei a ler que começou por estar perto disso, eu tinha 10 anos, e foram:

A Menina do Mar de Sophia de Mello Breyner Andresen.



E o Ulisses de Maria Alberta Menéres!




Livros que dei na escola no 5º e 6ºs anos, se não me falha a memória.


Eu ADORO estes livros.



Infelizmente, a terrível mania da minha mãe de arrumar, encaixotar, guardar nos sítios mais horríveis da casa (arrecadações e cave), deitar fora tudo o que tenha mais de cinco anos,...

...fez-me ficar sem um destes livros. Estas eram as edições do meu tempo. Hoje tenho uma edição recente da menina do mar.





Mas o livro do Ulisses ainda conservo desde o meu 6ºano.



Estes foram o livros que mais me marcaram!



Aqui está a prova!


XXX