"God help the girl, she needs all the help she can get"
Anorexia.
O que levam raparigas, aparentemente saudáveis, a ganhar um problema como este?
Podem ser por variadas razões.
Incontáveis, acho eu.
Não sou psicóloga, mas assisti a algumas histórias.
Nervosismo e/ou ansiedade, fragilidade emocional e psicológica, descontente com o seu físico, ou simplesmente não gosta de comer...
No filme "God Help The Girl" não se percebem bem as origens da situação.
Mas percebem-se os níveis trágicos a que a personagem chegou.
...
A música e a amizade.
Através de meios indirectos, conheci histórias de raparigas anorécticas e de como estas saíram destas situações.
Lembro-me de duas que mais me chocaram.
A primeira sobre uma rapariga que estava numa cama de hospital e apesar do estado físico bastante fragilizado, continuava a recusar a comida alegando estar gorda.
Um dia o médico responsável chegou ao quarto e fechou a cortina.
A rapariga perguntou: "A pessoa do lado faleceu?".
E o médico com tristeza nas palavras respondeu "Não. Mas tu morrerás porque não há mais nada que possamos fazer. Só a comida te poderá salvar, mas não podemos obrigar-te mais. Estava nas tuas mãos."
Fez-se um clique na cabeça da rapariga.
Ela não queria morrer.
Queria viver e lutar.
E assim conseguiu.
A outra história é ainda mais chocante.
Sobre uma rapariga num estado de magreza altamente avançado.
Tanto, que num dia, aparentemente como os outros, sai de casa e apercebe-se que está um carro a fazer marcha atrás.
O condutor não a viu.
Era o pai. Que numa agonia tal volta com o carro à frente para ver como a filha está.
Estava bem.
Ela estava tão magra que o pai não a viu.
E tão magra que o carro lhe passou por cima (com sorte, sem a pisar, claro está) sem lhe tocar num único fio de cabelo.
Foi aí que a rapariga se apercebeu do seu estado crítico.
Estas são chamadas as teorias de choque.
Nestes casos, totalmente por acaso.
Mas segundo o filme "God Help The Girl" existem maneiras bem mais divertidas de encontrar razões de viver.
Novas amizades.
Aperfeiçoar talentos.
Com um guarda-roupa de inspirações retro, um ambiente rústico, cores quentes e uma banda sonora doce e verdadeira, fez-se um filme perfeito e motivador.
Pronto para ser visto por aqueles que se acham num beco sem saída.
Para aqueles que ainda não conseguem ver a luz ao fundo do túnel.
Lembrem-se do meu último artigo: nada é para sempre.
Abraços!
E coragem!!